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segunda-feira, 25 de março de 2013

Praga: chegando na capital Tcheca...

Praça Venceslau: o nosso hotel era ao lado!
Dia 19/12/2013, saímos de Berlim por volta das 18h30 e chegamos em Praga quase 22h, após cerca de 3,5h de viagem de ônibus. Viajamos pela companhia tcheca Student Agency (www.studentagency.cz) que tem preços ótimos e descontos para estudantes. O que me surpreendeu não foi apenas do preço, mas a estrutura: o ônibus tinha serviço de bordo, televisão e internet wi-fi, o que tornou a viagem bem mais agradável.

Metro de Praga

Chegando na rodoviária de Praga, nos informamos a respeito do metro e como chegar em nosso destino. A parte do metro foi fácil: pegamos na Estação Florènc e descemos na Muzeum que fica bem no centro da cidade. Alias, para quem usa o metro em São Paulo, fica fácil usar o metro em qualquer cidade do mundo, exceto algumas que são bem confusas!

Nesse ínterim, conhecemos uma sul coreana, a mim mim (não sei se escreve dessa forma!), que também estava pedindo informações. Ela não tinha como comprar os bilhetes porque só tinha euros e como a República Tcheca ainda não aderiu à moeda única, eles usam a coroa tcheca. Pagamos o bilhete dela e ela foi conosco até descermos na nossa estação e ela continuar por mais algumas. Super simpática, conversamos um pouco e foi bem divertido!

Casas com os números vermelhos e azuis
O hotel era super bem localizado,  bem próximo à Praça Venceslau. Logo que descemos da estação notamos vário restaurantes e muito movimento. Seguimos o mapa do GoogleMaps que havia impresso, só que usei a qualidade de rascunho da impressora e não dava para ver direito o nome das ruas. Peguntei para uns policiais, que nos explicaram direito. Até aí ok, achamos a rua! O difícil foi encontrar o hotel. Em Praga, há 2 números nas ruas: um vermelho que é para uso do governo e outro azul que é para o uso civil. Já imagina a complexidade, né?! Se você for à Praga, fique atento com esses números!

Nós rodamos bastante na própria rua Štěpánská até encontrar o hotel. Detalhe: ainda não havíamos trocado de mala, ou seja, uma das rodinhas estava quebrada, o que me fazia ter um tremendo esforço para carregar. Depois de um tempo, nós encontramos o hotel e eu já estava muito cansado de carregar aquela mala!

Ao fazer o check-in no hotel, nos deram um quarto com duas camas ao invés de uma cama de casal. Aí tivemos que dar aquela reclamada básica e nos trocaram para um outro quarto com uma cama de casal. 

Best Western Praga...
Como em Praga os preços são mais acessíveis, decidimos ficar num hotel ao invés de um hostel. Foi uma decisão acertada. Afinal, foi um dos lugares onde mais passamos noites. O quarto era ótimo, tinha até banheira! É um tipo de luxo que não costumamos ter em nossas viagens. Se você for à Praga, eu recomendo o Best Western Premier Hotel Majestic Plaza! Se você for à Praga, não custa olhar o preço!

Feito o check-in, estávamos já estabelecidos e prontos para descansar. Antes disso, era necessário comer algo: o mais complicado de não querer pagar os preços abusivos de comida no hotel, é ter que sair à noite naquele frio lascado para comprar alguma coisa. Minha sorte é que tinha um mercadinho bem ao lado do hotel. Comprei leite, pão, frios e umas coisinhas para fazer uma lanche rápido.

Para o dia seguinte estava reservado um tour guiado de seis horas, então precisávamos dormir para aguentar o dia cheio. Já era por volta da meia-noite quando fomos descansar!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Berlim: Sachsenhausen...

Dia 14/12/2012, quarto e último dia em Berlim.

O último dia na capital alemã, nós reservamos para conhecer o Campo de Concentração de Sachsenhausen, que não fica na cidade de Berlim, mas nos arredores, em Oranienburg.

Acordamos uma 08h e saímos para a estação de trem. Estava muito frio, só para variar um pouco. A viagem de Berlim até Oranienburg levou pouco mais de 1h. Chegando lá, ainda tivemos que pegar um ônibus até o campo de concentração. O percurso era rápido, cerca de 5m. O que demorou foi para passar o ônibus, mais ou menos uns 20m esperando naquele frio lascado.

Chegando lá, compramos o ingresso e um audio-guia em espanhol, pois não havia em português. Logo na entrada tem a maquete do campo. Foi importante dar uma boa olhada, pois grande parte das estruturas que a maquete apresenta já não existem mais fisicamente, apenas algumas permaneceram em pé. Isso se deu pelo fato de que após a era nazista, Sachsenhausen foi usado pelos comunistas como campo de treinamento de soldados e muitas das construções foram demolidas.

Assim que você entra, há um grande corredor em que os prisioneiros passavam para chegar ao local onde iriam se estabelecer. Ao lado direito, há uma casa verde que era onde os soldados nazistas ficavam instalados. Assim que se atravessa o portão de entrada, do lado esquerdo fica a casa do comandante e do lado direito um galpão da antiga administração que hoje funciona como museu. 

O museu é interessante! Contém muitas fotos, matérias jornalísticas e objetos da época, inclusive algumas peças de roupas que os prisioneiros usavam ("o pijama listrado").

Portão de Entrada
No portão de entrada, há uma inscrição em alemão: "Arbeit macht frei" que significa "O trabalho liberta". O discurso nazista aos judeus, outros prisioneiros e, principalmente, à sociedade alemã como justificativa para levar as pessoas, é que eles iriam ao campo para trabalhar e se tornar livres depois. Obviamente nós sabemos que isso nunca aconteceu!

Ao passar o portão há alguns grandes galpões distantes um do outro. Começamos por um em que os prisioneiros ficavam alojados: um banheirão coletivo com várias privadas e 2 pias grandes para banhos, vários beliches de madeira e um clima estranho. Ao descer as escadas, grandes fornos em que eles queimavam as pessoas. Não dá para ficar lá muito tempo, é uma sensação difícil de explicar!

Outro galpão era o da prisão. É isso mesmo: prisão no campo de concentração! Havia um local em que os já prisioneiros que não se comportassem bem, eram colocados. Visitamos também uma área que era a antiga cozinha e um outro mini-museu com memórias da época.

Nossa visita ao campo durou cerca de 2h30m, tempo suficiente para vivenciar um pouco daquela época e perceber o quão terrível foi para quem esteve ali. Isso porque Sachsenhausen não é um campo de concentração muito bem conservado, imagina quando visitarmos Auschwitz?!

Saímos do campo para pegar o ônibus de volta à estação de trem, mas ele iria demorar quase 1h para passar - segundo o que indicava as placas no ponto - mas isso não falha da Alemanha. Como a distância não era tão grande, cerca 1,5km e não daria para esperar  o ônibus senão nos atrasaríamos para pegar o ônibus até Praga, fomos à pé.

Oranienburg
A cidadezinha de Oranienburg é bem interessante, com aquelas casinhas pequeninas e ruas largas. Perguntei para algumas pessoas como chegar até à estação e por fim conseguimos. Ah, no meio do caminho a Luciane levou um belo tombo no gelo!!! kkkkk

Ao lado da estação tinha um McDonalds e, como não iria dar tempo de almoçar, compramos 4 cheeseburguers (1,20 euros cada!) e fomos comendo dentro do trem.

Depois de mais ou menos 1h chegamos no hostel já em Berlim. Era por volta das 15h30 e nosso ônibus à Praga saia às 18h15, então pegamos nossas coisas que já estavam todas arrumadas, fizemos o check-out e fomos à rodoviária pegar o ônibus rumo à capital Tcheca.


Casa verde ao fundo

Entrada do Campo

Maquete do Campo Original


Corredor de entrada

"Pijama Listrado"


Museu

Portão de Entrada


Banheiro dos prisioneiros

Banheiro dos prisioneiros (2)

Forno dos prisioneiros (triste!)

Prisão do Campo

Arredores de Oranienburg


sexta-feira, 1 de março de 2013

Berlim: Unter den Linden e arredores...

Dia 13/12/2012, terceiro dia em Berlim.


Nesse terceiro dia, nós praticamente reproduzimos o roteiro que havíamos feito com o Sr. Guenter no dia anterior, só que agora munidos de muita informação e à pé, parando em cada lugar para ver, entender, apreciar e tirar boas fotos.

O Beijo da Morte - East Side Gallery
Começamos pela East Side Gallery que fica ao lado do hostel Plus Berlim. Passamos por toda a extensão do que restou do muro, reparando em cada uma das pinturas e o forte significado que elas possuem, principalmente no tocante à liberdade, tema símbolo da galeria e presente em todas as pinturas.

Seguimos andando até chegar a estação de metro e fomos até a Alexanderplatz. Tínhamos a intenção de subir na torre de TV, um dos principais cartões-postais da Berlim moderna, mas estava com muita neblina, não iria dar pra ver nada. Então, caminhamos sentido a Unter den Linden
Marienkirche
Logo no início entramos na Marienkirche, a igreja mais antiga de Berlim. Sua construção é da época da primeira expansão da cidade, ainda na Idade Média, por volta de 1250. A igreja não é muito grande, mas o seu interior está cheio de inferências à Idade Média, vale à pena conferir, é grátis.

Continuamos caminhando, passamos pela Rotes Rathaus (Câmara Municipal Vermelha de Berlim), e seguimos no sentido do Nikolaiviertel (Bairro São Nicolau). Fundado em 1200, é um dos bairros mais antigos de Berlim e coração do centro-histórico da cidade. O lugar é muito charmoso, cheio de casinhas e construções antigas. Nele está localizada a  Nikolaikirche (Igreja de São Nicolau), que "disputa" o título de mais antiga da cidade com a Marienkirche, mas não se sabe ao certo qual delas foi construída primeiro.

Estava muito frio e fizemos a nossa primeira parada para um café, na verdade um chocolate e capuccino, em um local bem aconchegante. Foi bom para esquentar e renovar as forças!

Voltamos à Unter den Linden e entramos na Berliner Dom (Catedral de Berlim). A catedral é muito bonita e grande, foi totalmente destruída na Segunda Guerra Mundial e reconstruída posteriormente, mas mantendo seu aspecto de antiguidade, tanto que ao olhar para ela, dá impressão de que é uma construção da Idade Média. Nós pegamos um áudio-guia e fizemos todo o roteiro ouvindo o que era mais interessante. Uma particularidade que a difere da maioria das catedrais europeias, é que a catedral não é católica, ela é luterana.

Universidade Humboldt
Depois de um bom tempo dentro da catedral, saímos a continuamos andando pela Unter den Linden até chegar a Universidade Humboldt, a mais antiga universidade de Berlim (1810), famosa por ter influenciado muitas universidade europeias e ter tido alunos ilustres como: Schleiermacher, Hegel, Schopenhauer, Albert Einstein, Irmãos Grimm, Max Planck,  Karl Marx, Friedrich Engel, Otto von Bismarck, entre outros.

Na região da universidade há vários outros prédios e monumentos importantes: bem no meio da via, há uma estátua do rei prussiano Frederico o GrandeMuseu da História AlemãNeue Wache (Memorial de Guerra construído em 1816); Staatsoper (Ópera de Berlim) e a Bebelplatz - praça famosa pela queima de 25 mil livros pelos nazistas. Hoje há um memorial no chão com uma placa de vidro que mostra estantes vazias com espaço para os 25 mil livros e uma placa em alemão escrito: "Onde se queimam livros, acabam por queimas pessoas". Profecia?! 

Entrada do Gendarmenmarkt
Saindo um pouco da avenida, chegamos à praça onde há duas igrejas idênticas: Deutscher Dom (Catedral Alemã Luterana)Französischer Dom (Catedral Francesa Huguenote). A construção foi inspirada nas igrejas da Piazza del Popolo em Roma e celebra a diversidade e liberdade religiosa.

Bem ao lado das igrejas está o Gendarmenmarkt, um dos principais Mercados de Natal de Berlim e lá paramos para almoçar e comer uma típica comida alemã.

Isso aí custou 20 euros!!!
Após almoçar, seguimos nosso roteiro até o Check-Point Charlie, antigo ponto de fronteira entre a Berlim Oriental e Ocidental. Hoje há uma reprodução do check-point e algumas exposições e informações sobre a época da Alemanha dividida e o Muro de Berlim. Lá é possível carimbar o passaporte com carimbos da época. Para carimbar cada passaporte são 10 euros, mas nós só descobrimos isso depois de já ter carimbado, ou seja, gastamos absurdos 20 euros por 2 páginas de carimbo, mas tá valendo!

Andando mais um pouco, paramos para tomar um vinho quente e fugir do frio. O atendente era muito simpático - de algum país da América Central que eu não lembro - foi muito atencioso e ficamos um tempo conversando com ele.

Memorial do Holocausto
Seguindo, chegamos ao museu Topografia do Terror, onde estão expostas várias fotos, documentos e matérias jornalísticas da época do nazismo, tudo em orem cronológica. Por fim, chegamos ao Memorial do Holocausto: local onde há vários blocos de concreto representando túmulos que lembram dos judeus mortos na Europa na época nazista. Embaixo do memorial há também um museu, onde há várias exposições sobre a época, documentos sobre as famílias e depoimentos, é realmente um museu muito importante para lembrarmos dessa terrível passagem da História e aprendermos muitas lições.

Saímos do museu depois das 19h e voltamos ao hostel para jantar e descansar nos preparando para o último dia na capital alemã.