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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Brastilava: um segundo dia "morno"...

Ruas da Cidade Velha
Dia 21/12/2012, segundo dia na Bratislava. Como no dia anterior tínhamos acordado muito cedo, estávamos extremamente cansados. Assim, acordamos um pouco mais tarde e saímos para "turismar" já era quase 12h. Esse dia não foi muito proveitoso porque a Luciane estava meio ruim da gripe e ficou bem indisposta. 

Logo que saímos, fomos visitar a Catedral de São Martin, que é um igreja gótica com 85m de torre que domina o horizonte da Cidade Velha. A Luciane dormia em pé, então enquanto eu visitava a igreja, ela dormia no banco. A igreja não tem nada estupendo, mas é bonita por dentro.

Saindo da igreja, passamos pela Novy Most (Ponte Nova), um dos marcos do recente processo de modernização da capital eslovaca. Fica sobre o Rio Danúbio e é a maior ponte do mundo com um pilão como sustentação.

Entrada do Castelo
Continuando nossa caminhada subindo até o distrito do castelo. Chegamos ao Castelo da Bratislava. É imponente pelo fato de ficar sobre uma colina bem à beira do Danúbio, com suas quatro torres laterais que são consideradas um símbolo da cidade. Como era inverno, o interior do castelo não pudemos visitar, mas uma parte que funciona como museu nós visitamos. Novamente eu vi as exposições sozinho, pois onde a Lu achava uma cadeira, ela sentava e dormia. A gripe acabava com ela e eu inventei de dar um resfenol, aí ela ficou com bastante sono. Aos poucos foi melhorando e participando do tour.

O museu é grande, com quatro andares de exposições que vão desde artistas contemporâneos eslovacos no primeiro andar, até uma exposição sobre a própria construção e reconstrução do castelo no quarto andar. A vista da cidade lá de cima é muito interessante. A Cidade Velha da Bratislava é uma daquelas paisagens que parecem ter te levado de volta à Idade Média. 

Saindo do Castelo, fomos descendo a colina e paramos num barzinho para petiscar e tomar alguma bebida para esquentar. Seguimos nosso caminho e visitamos o Palácio Primacial, agora por dentro, pois no dia anterior já estava fechado no horário que passamos. O que eu achei mais interessante dessa palácio foi uma daquelas senhoras que ficam recebendo os tickets e monitorando para ver se ninguém tira fotos do interior (era proibido, mas nós tiramos, uma está aí ao lado!). O entusiamo com que ela nos atendeu tentando explicar sobre a história do palácio, sobre a importância que ele tem para a cidade, foi super interessante. Ela não falava inglês, mas se fez entender utilizando o guia de visitação que estava em inglês e sua simpatia além da conta. Nos surpreendeu!!!

Palácio Primacial
O Palácio Primacial é realmente muito bonito tanto por fora quanto por dentro. As paredes dos salões são repletos de pinturas que contam uma história de amor, além de todo o glamour que há na decoração mantida intacta desde o final do século XIX. Foi nesse palácio que Napoleão e Francisco I da Áustria assinaram o quarto Tratado de Paz de Presburgo, após a vitória de Napoleão na Batalha de Austerlitz.

Como o palácio ficava bem próximo à Praça das Armas, fomos até lá para comer. Já era por volta de 18h e o estômago reclamava. Comemos um belo sanduíche de linguiça e depois um espeto com batatas fritas.

Igreja Azul
No caminho de volta ao Patio Hostel, nós fomos até a Igreja de Santa Isabel, mais conhecida como a Igreja Azul devido a sua cor, construída totalmente no estilo Art Nouveau. É uma igreja diferente e bastante interessante. Entramos e, para variar, estava tendo uma missa. Sentamos, admiramos a beleza interna da igreja, ouvimos o padre (sem entender absolutamente nada!) e saímos depois de um tempo.

Nosso tour pela Bratislava estava prestes à se encerrar. Fiquei na dúvida se realmente precisávamos de dois dias por lá. A cidade é simpática, mas não tem muitas atrações. Tudo bem que estávamos no inverno e isso reduz bastante nosso tempo útil de turismo. Talvez no verão um dia teria sido o suficiente!

Voltamos ao hostel, pegamos as nossas malas que já estavam prontinhas e já havíamos feito o check-out e rumamos à rodoviária, pois o nosso ônibus para Budapeste sairia às 19h45. Como eu não entendi nada da explicação que o cara do hostel me deu de como pegar o ônibus até a rodoviária, pegamos um táxi. Dessa vez pagamos 10 euros. Caro, mas pelo menos sem preocupações e nem atrasos.

Esse ônibus nos preocupou bastante. Deu a hora e não chegou. Passaram-se mais 15m e nada. Mais 15m e nada. O ônibus foi chegar às 20h30 com quase 45m de atraso, o que é bem incomum na Europa, mas a Eslováquia não é "aquele" padrão europeu!

Por volta de 23h15 chegamos em Budapeste. Pegamos o metro e descemos na estação que nos deixou exatamente em frente ao Golden Park Hotel. Foi o transfer mais fácil que já fizemos, sem grandes dificuldades! Realizamos chek-in, organizamos nossas coisas e fomos dormir, pois no dia seguinte às 09h tínhamos o tour que contratamos para conhecer a capital húngara!


Metade do dia foi com a Luciane nesse estado!















quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Bratislava: nem sempre a primeira impressão é a que fica...

Dia 20/12/2012, saímos às 05h30 da manhã do hostel em Praga, passamos no hotel que estávamos hospedados antes de ir para Krumlov pois deixamos as malas por lá e seguimos para a rodoviária para embarcar rumo à Bratislava.

Saímos às 07h15 de Praga e chegamos da capital eslovaca às 11h30. A cidade é bem confusa, tanto que não conseguimos pegar um ônibus da rodoviária para o hostel e a cidade é a única que visitamos que não tem metro! Aliás, a Bratislava foi o único lugar que visitamos que nos surpreendeu negativamente. Na verdade, nós não esperávamos tanto assim da cidade, mas colocamos no roteiro por ficar próximo à Praga, Budapeste e Viena e achamos que seria interessante conhecer um outro país. E foi! Não foi das melhores experiências da viagem, mas foi divertido! Dizem que a Bratislava é muito boa para quem curte a noite, mas como nós quase não participamos da vida noturna em nossas viagens, não faria muita diferença nesse aspecto. De todo modo, para a capital de um país que há pouco tempo era parte da União Soviética, até que a cidade é razoável: tem seu charme, é limpa e eles tem se esforçado bastante para atrair o turismo para lá.

As vantagens de visitar a Bratislava foram a não dependência de transporte público, porque a cidade é pequena e deu para fazer tudo à pé e economizar um pouco e também, pois o preço, no geral, de comida e atrações é baixo, assim como na maior parte do mais ao leste europeu.

Bem, como não deu para pegar o ônibus, pegamos um táxi e pagamos 15 euros para andar 15m. Fique esperto: taxista é igual em todo lugar do mundo, se ele puder te enrolar, vai fazê-lo!

Chegamos no Patio Hostel, fizemos o check-in, nos acomodamos, descansamos um pouco, tomamos um belo banho e fomos desbravar a cidade. Antes de chegar ao centro, uma parada no McDonalds para comer um lanchinho, pois já era perto de 14h, estávamos com fome, não poderíamos perder muito tempo.

Chegamos na Hlavné námestie (Praça das Armas), que fica próxima de praticamente todos os pontos turísticos. Compramos um guia da cidade por 8 euros, pois não tinha conseguido muitas informações de lá nas minhas pesquisas pré-viagem, e ele foi muito útil. Na praça havia uma feirinha, dessas feiras de natal que eles adoram fazer em todo lugar do leste europeu. 

Algo que me chamou a atenção, foi que uma das estátuas que a prefeitura colocou para ser um atrativo para os turistas, nós não encontrávamos de jeito nenhum e fomos descobrir depois de um tempo que estava atrás das barracas da feirinha, na zona onde eles jogam o lixo (foto ao lado)!!! 

É, a Bratislava ainda tem que aprender muito sobre turismo. Mas as outras estátuas de bronze são bem legais. A mais famosa é o Cumil, o operário que sai de dentro de um bueiro e bem acima dele há uma placa que diz: 'man at work' (homem trabalhando). Há uma outra bem legal (ao todo são cinco) de Schöne Nazi, que segundo a lenda, teria vivido na cidade no início do século 20. Era doente mental e se vestia sempre com trajes velhos, porém elegantes, saudando os transeuntes com seu chapéu, pose na qual foi imortalizado na estátua.

Cumil
Schöne Nazi
Paparazzi

Na praça há vários prédios importantes tanto no tocante à sua história quanto na arquitetura e passamos um tempo admirando-os e obtendo informações sobre cada um deles no guia.  A Fonte de Maximiliano, as Lanternas a Gás (que foram as primeiras públicas da Bratislava), a Casa Verde que funcionou por muito tempo como um tribunal, o Palácio Kutscherfeld que funciona hoje como embaixada francesa e outros detalhes, tornam a Praça das Armas bem interessante. 
A bala da canhão incrustada na parede da torre

Junto à praça, está a Antiga Prefeitura da Bratislava. Um edifício curioso, composto por vários outros edifícios que foram anexados à ele ao longo do tempo. Na Torre do Relógio, há uma bala de canhão atirada pelo exército da Napoleão em 1809 desde o Rio Danúbio. Dentro do prédio visitamos o Museu de História da Cidade, que reúne muitos artigos da história da Bratislava: religiosos, objetos do dia-a-dia, vestimentas, livros, armas, brasões, enfim... Subimos também torre que dá uma vista legal da Praça das Armas.
A fachada do palácio!

Ao descer, andamos um pouco pelo centro,  nos deparamos com a estátua do Paparazzi, uma daquelas de bronze espalhadas pela cidade, e chegamos ao Primaciálny palác (Palácio dos Primatas). O palácio tem uma fachada bastante imponente, foi construído entre 1777 e 1781, quando a Bratislava era a capital do Império Húngaro. No pátio está a interessante Fonte de São Jorge, com uma estátua dele matando o Dragão, muito comum de ser encontrada em toda a Europa.

Continuamos nossa caminhada e chegamos à Michalská brána (Porta de Miguel). O sistema de fortificação da cidade foi construído no século XIII e haviam 3 portas na cidade. Uma outra foi acrescida no século XV. Delas, a Porta de Miguel foi a única que restou. Dentro dela há o Museu das Armas que nós não visitamos, mas a porta em si é bem interessante. Bem no meio dela, há um Rosa dos Ventos que mostra a distância para 29 cidades do mundo todo (não tem nenhuma brasileira!). Bem atrás está a Casa Estreita, com apenas 1,3m de largura o que a torna, segunda alguns, a casa mais estreita da Europa. Há também uma ponte bem charmosa que liga essa antiga entrada da cidade à outra parte. Na pequena ponte, há algumas estátuas e esculturas. 



Passando a ponte, chegamos à Igreja Trinitariana. O interior é interessante, pois se utiliza de imagens bem realistas criando uma ilusão de ótica com os objetos. Havia uma grande fila na entrada da igreja que pensamos ser de turistas, mas quando adentramos percebemos que era de pessoas que estavam ali para se confessar. Ao contrário da Rep. Tcheca onde 45% da população são agnósticos e ateus, na Eslováquia 73,5% são cristãos, de maioria católica, mas também com luteranos e reformados. Me surpreendeu!




Trdelník
Voltamos sentido Praça das Armas, passamos pela Igreja gótica das Clarices (de arquitetura bastante chamativa) e paramos num pub irlandês para beber alguma coisa e esquentar o frio. Como não achamos nada interessante para comer, bebemos alguma coisa e voltamos à feirinha de natal. Lá, bebemos vinho quente e comemos 2 belos lanches de carne de porco, estavam uma delícia! Como sobremesa, comemos o tradicional Trdelník, que é uma massa enrolada em torno de um cilindro de metal, grelhada e coberta com açúcar e uma mistura de nozes. Depois descobrimos que o doce é originário da Transilvânia (ela existe!) na Hungria.

Já era quase 23h, então voltamos ao hostel e fomos descansar para o dia seguinte poder desbravar a capital eslovaca, com a sensação de que, tudo bem, a Bratislava não é realmente o melhor lugar do mundo para visitar, mas também não é a porcaria que eu pensei logo que cheguei na rodoviária. Se estiver lá por perto, visite-a!!!



Fonte de São Jorge



Casa estreita


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cesky Krumlov: segundo dia, o mesmo encantamento...

Dia 19/12/2012, segundo dia em Cesky Krumlov. 

Como não se apaixonar por Krumlov?
Alguém que já visitou essa região e já passou pela cidade de Krumlov poderia dizer que um único dia por lá seria suficiente. De fato! Há muitas pessoas que saem cedinho de Praga, passam o dia em Krumlov e à noite voltam para a capital Tcheca. Se você tiver pouco tempo, faça isso! Nós decidimos passar 2 dias por lá, porque já estávamos na metade da nossa viagem, precisávamos de um descanso e nada melhor do que descansar num lugar como Krumlov.




Krčma v Šatlavské
Acordamos já passava das 11h e saímos quase 12h do hostel. Como não tinha café da manhã incluído e já estava tarde, resolvemos ir direto almoçar. Fomos no Krčma v Šatlavské: um restaurante típico, que fica numa das ruelas da cidade, com comida tradicional tcheca, cerveja boa e um clima muito legal, parece com um pub tradicional, num lugar parecido com uma caverna. 

A Luciane não consegue almoçar logo que acorda, mesmo que o horário esteja avançado, mas eu sim! rsrsrsrs Pedi um prato que era um mix de carnes grelhadas e uma budweiser budvar (a original Tcheca!), ela pediu uma bebida parecida com um vinho quente, muito boa para esquentar no frio do inverno europeu. Comemos muito bem, ela petiscou o meu prato e depois comeu uma bela de uma sobremesa: algo parecido com uma panqueca doce recheada e umas bolas de sorvete!

Cenário no Wax Museum
Depois de pouco mais de 2h no Krčma v Šatlavské, fomos visitar o Wax Museum, que é um museu de cera, porém focado em personalidades da região da Boêmia do Sul e cenários do passado que aconteciam na região. Bem ambientado, com cenas medievais e do dia-a-dia tcheco. Personalidades famosas também não faltam por lá: Einstein, Chaplin, Dalí, Michael Jackson, Louis Armstrong, entre outros. Valeu muito a visita!

Saindo do Wax Museum, praticamente ao lado do museu, fica a Galeria de Arte Egon Schiele: um achado! Realmente não imaginei que poderia encontrar uma galeria tão interessante, de um artista tão interessante, num cidade minúscula como Krumlov. Mas pensando bem, Egon Schiele era tão pitoresco quanto a cidade que escolheu para viver e se inspirar (nada bobo o rapaz!). Andar pelas ruelas de Krumlov sempre traz gratas surpresas.

A galeria tinha uma área dedicada ao artista que lhe dá o nome, uma parte com vários pôsteres de exposições importantes que ali ocorreram ao longo dos anos (e olha que não são poucas!) e, para a minha sorte, a exposição itinerante que estava lá quando visitamos eram dos desenhos e cartoons de Gerald Scarfe, cartunista britânico responsável pelos desenhos do épico álbum The Wall do Pink Floyd, pelos desenhos do filme Hércules da Disney e por vários desenhos de cunho político publicados atualmente no inglês Sunday Times.

Depois de sair de galeria nós passeamos um pouco pela cidade, compramos uma barra grande de lindt vermelho por incríveis R$1,50 e fomos visitar o museu da cidade. O museu é daqueles clássicos, com coisas de época, roupas, objetos e brasões de famílias importantes que viveram na cidade.

Voltamos ao hostel, arrumamos as malas, fizemos o check-out e rumamos à rodoviária para pegar o ônibus de volta à Praga que saia às 19h05. O ônibus demorou um pouco à chegar, mas por volta de 19h30 embarcamos. Era quase 23h quando chegamos em Praga. Pegamos o metro e descemos perto do hostel que iríamos passar apenas uma noite para no dia seguinte bem cedo, às 07h, embarcarmos em outro ônibus rumo à Bratislava.