Dia 22/12/2012, nosso primeiro dia em Budapeste!
Como tínhamos contratado o tour acordamos cedo, tomamos o café e estávamos pronto para sair às 09h30.
Dica: quando você for para países mais baratos, procure por hotéis, pois é bem possível encontrar bons preços e ter um conforto maior. Não precisa ser em todos os lugares, nessa viagem ficamos em hotéis em Praga e Budapeste, o resto foi hostel/albergue mesmo, mas foi bom mesclar! Uma das vantagens do hotel além do conforto é a fartura no café da manhã. Nós comemos muito bem, o que é fundamental no nosso esquema econômico de fazer um bom café e depois um "almo-janta"!
Na recepção encontramos a Krizstina. À princípio eu imaginava que ela seria uma brasileira que mora em Budapeste, mas fiquei absolutamente surpreendido quando nos disse que é húngara! Numa boa, você conhece algum brasileiro que fala húngaro?! É meio absurdo pensar nisso, né? Então, é a mesma coisa: ela é uma húngara que fala português! A distância das línguas é muito grande, não tem semelhança nenhuma, a raiz é outra, a estrutura totalmente diferente. Com certeza ela precisou desconstruir o húngaro - sem desaprendê-lo - na mente dela primeiro para poder construir o português. Bem complexo!
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Praça dos Heróis |
Nosso tour começou pelo metro. É isso mesmo! A linha 1 do metro de Budapeste é diferente, ela foi inaugurada em 1896, sendo a segunda mais antiga rede de metro da Europa (depois do de Londres) e uma das mais antigas do mundo. Descemos na Praça dos Heróis, uma das principais praças da cidade, onde fica o Memorial do Milênio, com estátuas dos líderes das sete tribos magiares que fundaram a Hungria no século IX e outras personalidades da história húngara. A Krizstina nos explicou cada uma das estátuas, a história e importância de cada personalidade, muito interessante e realmente muito bonito o monumento.
Depois caminhamos para o Parque da Cidade (Varosliget), lá ha várias réplicas de antigos castelos europeus, num conglomerado interessante e bastante contrastante por conta de arquiteturas bem diferenciadas. Havia uma feirinha de artesanato com uma barracas de comida, onde comemos mais uma vez o Trdelník - doce clássico dessa região do qual já falei no post primeiro dia na Bratislava.
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ANONYMVS |
Seguindo um pouco mais, encontramos a estátua do ANONYMVS, que foi provavelmente um escriba de algum rei húngaro no século XIII. Sua importância se dá por ter escrito o mais notável e detalhado registro histórico da Hungria. Não se conhece sua identidade e sabe-se quase nada sobre seu paradeiro e sua história. Por isso, a estátua como forma de homenagem!
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Vajdahunyad Vára |
Vimos também o interessante Vajdahunyad Vára, que é um castelo construído entre 1896 e 1908, réplica de um castelo na Transilvânia (Romênia), conhecido como Castelo de Drácula. Detalhe que na frente do castelo há um lago, que estava completamente congelado por conta do rigoroso inverno europeu. Ainda no parque, visitamos o Széchenyi Bath, que é um dos maiores banhos termais da cidade. É um grande hotel - como há outros em Budapeste - em que você paga para se banhar nas águas termais da cidade. Em outro dia voltaríamos e passaríamos o dia inteiro lá.
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Mercado Central |
Seguindo nosso tour, chegamos ao Mercado Central de Budapeste. Visitar mercados municipais é algo que tentamos fazer em todas as cidades que passamos. Os mercados são legais porque normalmente são prédios históricos e revelam muito dos hábitos gastronômicos das pessoas. Em Budapeste não foi diferente. A arquitetura do mercado é muito legal, é super limpo e com uma organização notável. A planta possui as barracas de frutas, legumes, verduras, carnes, peixes e outras mais. O piso superior é repleto de lojinhas de artesanato e souvenirs, não muito baratos, mas se pesquisar você acha boas lembranças para levar de recordação.
Saindo do Mercado Central, cruzamos a Ponte da Liberdade (Szabadság) para chegar ao outro lado do Danúbio, o lado Buda. Aliás, as pontes são um "show à parte" em Budapeste. Como inicialmente eram duas cidades, Buda e Peste, separadas por um extensão de quase 400m do Rio Danúbio, logo começaram à construir as pontes para ligar a cidade que, depois de um tempo, passou à ser um única. A Ponte da Liberdade é a 3ª mais ao sul, tem 333 metros de comprimento, pintada na cor verde e suas torres possuem no alto uma estátua de bronze de um pássaro Turul, espécie típica da região da Hungria.
Chegamos ao Hotel Gellért, a maior e considerada melhor casa de banhos de Budapeste. O edifício é lindo, imponente e luxuoso. Como quase todos os edifícios da cidade, fora destruído na Segunda Guerra e reconstruído/restaurado em 1940. Aliás, Budapeste mostra uma beleza diferente de outras cidade como Praga por exemplo, por ser mais moderna em relação às cidades que não foram destruídas com as guerras.
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Hall do Hotel Gellért |
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Ponte das Correntes |
Saindo do Gellért, pegamos um ônibus até chegar à Ponte das Correntes (Lánchíd). Primeira ponte construída na cidade, ela foi concluída em 1849. Possui 375 metros de extensão e suas torres possuem duas estátuas de leões "sem língua". Essa história dos leões não terem língua foi contada pela nossa guia e não dá para saber se é verdade mesmo ou é só lenda. A ponte foi projetada por um inglês, William Tierney Clark, e construída por um escocês, Adam Clarke - que dá nome à praça que fica bem em frente à ponte no lado Buda. Os leões são uma espécie de recepcionistas e vigias da ponte e foram esculpidos por János Marschalkó. O fato é que desde sua inauguração, o povo fez de tudo para ver a língua dos leões, mas elas não estavam aparentes. Então János, com o desgosto, teria se atirado no Danúbio, não sobrevivendo às forças da corrente. A história é intessante!
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Igreja de São Mathias |
A Ponte das Correntes fica bem em frente ao distrito do castelo. Passamos pelo marco zero da cidade, vimos o brasão da família real e pegamos um ônibus para subir até lá. Em 10 minutos estávamos já no Distrito do Castelo. Logo de cara, vimos a Igreja de São Mathias. Linda, uma arquitetura diferente e incrível com azulejos coloridos no telhado e um estilo neogótico de impressionar. Tão lindo quanto é o Bastião dos Pescadores (Halászbástya) que fica bem em frente. Esse local fora construído entre 1895 e 1902, fica no alto da colina e tem o seu nome em homenagem à uma associação de pescadores da Idade Média que eram responsáveis pela segurança do distrito do castelo. Lugar indispensável para quem visita a cidade, principalmente pela incrível visão que sem tem de lá do Rio Danúbio, da Ponte das Correntes e do Parlamento Húngaro, que é um dos prédios mais lindos e incríveis que vi em toda a Europa, realmente espetacular!
Depois disso nosso tour com a Kriz acabou. Ela nos deixou numa simpática livraria/café no próprio distrito do castelo. Tomamos café, compramos uns livros sobre a cidade e fomos explorar um pouco a área. Por volta das 15h, resolvemos parar para comer alguma coisa. Depois disso, fomos apreciar a vista noturna do Rio Danúbio através Bastião dos Pescadores. Tiramos algumas fotos, passamos um tempo lá e encontramos um casal brasileiro que vive em Nova Jersey. Conversamos bastante e eles tinha ganhado do hotel que estavam instalados um mini-cruzeiro pelo Danúbio à noite, mas não poderiam fazer e nos deram os ingressos. Muita "sorte"! rsrsrs
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O barzinho, cerveja e vinho! |
O cruzeiro era às 19h, então descemos do distrito do castelo e fomos ficar já próximos do local. Como chegamos cedo, paramos num barzinho para tomar algo e esquentar (por conta do frio). Lá havia um pianista fazendo música ao vivo e, quando nos ouviu conversar, começou à tocar Bossa Nova. Foi bem legal.
Chegamos no cais por volta das 18:45 e aguardamos o cruzeiro. Foi rápido, cerca de 45m, mas como foi de graça, valeu muito à pena. Aliás, fazer um passeio pelo Danúbio é programa indispensável em Budapeste, vale muito à pena, principalmente pela visão noturna das pontes e do Parlamento (que eu não canso de dizer que é espetacular!).
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O monumental Parlamento Húngaro visto do Danúbio |
Depois do cruzeiro, caminhamos ainda bastante pela cidade, curtindo a vista formidável. Tiramos algumas fotos na Ponte das Correntes que fica toda iluminada à noite e depois pegamos o metro de volta ao hotel.
Ufa! Nosso primeiro dia na capital húngara havia terminado. Muito intenso, mas fora de série. Budapeste me surpreendeu de um modo muito positivo. A cidade é linda, tem uma beleza peculiar, o moderno que contrasta com o antigo, mas que na verdade nem é tão antigo assim. Difícil explicar, melhor vivenciar! Me permite um conselho? Visite Budapeste!
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Barraca do Mercado Central |
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Ponte da Liberdade |
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Igreja de São Mathias (visão noturna) |
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Bastião dos Pescadores |
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Ponte das Correntes e Luciane fazendo pose! |
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