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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Berlim: um tour histórico e cultural...

Dia 12/12/2012, segundo dia em Berlim.

Acordamos cedo para esperar nosso guia, o Sr. Guenter. Um alemão já com certa idade, professor de literatura e casado com uma baiana. Fala um português bem arrastado, mas dava para entender perfeitamente. Ótimo guia, eu o recomendo fortemente se você for à Berlim. O tour não foi barato (250 euros por 4 horas), mas valeu muito à pena, principalmente pelo conhecimento histórico e cultural que ele nos passou.

Logo que ele chegou no hostel, entramos no carro. Contratamos o tour com carro pelo simples fato de a temperatura estar na casa dos 14 graus negativos. O carro era ótimo, todo luxuoso, um Volkswagen Phaeton, não tem no Brasil, pelo menos nunca vi.

Boa parte do tour foi dentro do carro, mas íamos parando nos principais locais e o Sr. Guenter nos explicava tudo o que entendia necessário. Fizemos várias perguntas, tiramos várias dúvidas sobre a história alemã, foi ótimo mesmo!

Passamos primeiro pela East Side Gallery, uma seção de 1.3 Km dos restos do Muro de Berlim, onde há pinturas celebrando a liberdade. É considerada a maior galeria à céu aberto do mundo.

Uma das placas do artista alemã
em homenagem aos judeus
Depois chegamos ao antigo bairro judeu. Lá paramos e visitamos algumas das principais galerias de Berlim. São espaços entre os prédios, onde há pequenas manufaturas e suas lojinhas e as casas onde os empregados moravam e ainda moram hoje em dia. Ele nos mostrou um becos/viela conservado do mesmo modo como era na época do comunismo, bem interessante!

Foi nos contando a história dos judeus que ali viveram e mostrou uma obra que um artista alemão está fazendo em várias cidades da Europa: ele pesquisa os bairros judeus, levanta o nome de famílias que ali viveram e para qual campo de concentração foram enviados. Nisso, faz uma pequena placa com os dados e coloca no chão, próximo ao local onde a família viveu. Em Berlim há várias dessas placas, sobretudo no bairro judeu.

Portão de Brandenburgo
A próxima parada foi Brandenburger Tor (Portão de Brandenburgo). Nos primórdios, idos de 1237, a cidade de Berlim ela fora construída com vários portões que serviam de entrada. De todos os portões, o de Brandenburgo é o único que permanece em pé nos dias atuais. É uma entrada monumental e fica no final da Unter den Linden, principal avenida da cidade. 

Bem no pé do portão há uma estação de metro e nela há vários painéis que contam boa parte da história alemã do século XX: nazismo, segunda guerra, muro de Berlim, comunismo, queda do muro e dias atuais.

Depois demos uma bela volta pela Unter den Linden que possui muitas igrejas e monumentos importantes, mas os detalhes eu vou deixar para conta no próximo post (dia 13/12), pois fizemos todo o roteiro à pé. Passamos ainda pelo check-point Charlie, antigo ponto de fronteira da Berlim Oriental e Ocidental na época em que era dividida pelo muro.

Palácio de Charlottenburg
Continuamos nosso roteiro passando pela Potsdamer Platz, local mais novo e desenvolvido da cidade, com muitos escritórios comerciais e negócios, mas também importante historicamente por ser o ponto onde a velha estrada para Potsdam passava através da muralha da cidade de Berlim no antigo Portão de Potsdam.

Passamos ainda pelo Reichstag (a sede do parlamento alemão), a casa sede onde trabalha e primeira ministra Angela Merkel, a moderna Hauptbanhof (Estação Central Berlim), a Coluna da Vitória (monumento para comemorar as vitórias militares da Prússia sobre a Áustria, Dinamarca e França entre 1864 e 1871), Palácio de Charlottenburg e pelo Estádio Olímpico de Berlim.

Estádio Olímpico
Um detalhe importante é que a rua ao lado do estádio tem por nome Jesse Owens, atleta americano que ficou conhecido por participar das Olimpíadas de 1936 em Berlim, ganhar 4 medalhas e desafiar toda a ideologia de Hitler e da Alemanha nazista. Ficou marcado por isso e os alemães o homenagearam  com o nome da rua do estádio.

Em todos esses pontos o Sr. Guenter nos explicava muitos detalhes históricos, políticos e sociais, uma verdadeira aula! 

Por fim, eles nos deixou na KaDeWe, um dos mais importantes centros comerciais de Berlim. Almoçamos por lá e depois voltamos ao hostel felizes e cheios de conteúdo, um dia realmente incrível.

Ah, no fim do tour o Sr. Guenter nos deu 50 euros de desconto!

Alameda Jesse Owens







sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Berlim: Chegada e Ilha dos Museus...

Estava muito frio!!!
Chegar em Berlim foi uma tarefa um tanto quanto complicada. Chegamos em cima da hora no aeroporto e quase perdemos o horário do check-in para despachar as malas. O aeroporto de Barcelona é gigante (como quase todos na Europa) e o terminal era longe de onde descemos no trem. Nós iríamos de AeroBus, que é um ônibus que liga o centro de Barcelona ao aeroporto, mas encontramos no hostel um casal de irmãos alemães (Milena e Lucas) que iriam voltar para Berlim no mesmo voo que nós (coincidência!!!) e disseram que era mais barato ir de trem. De fato era, mas demorou bem mais e parava mais longe.

Vencida essa etapa, voamos tranquilamente até Berlim, cerca de 2h. Chegando lá, já sentimos a diferença do clima, estava uns 8 graus negativos e nevando muito. Ainda bem que Milena e Lucas estavam conosco por 2 motivos: 

  1. Porque não precisamos perguntar à ninguém sobre como chegar no hostel, eles nos explicaram direitinho; 
  2. Eu não tinha dinheiro trocado para comprar os bilhetes na máquina e não havia guichê. Como já estávamos na estação (é perto do aeroporto, mas tínhamos andado uns 10m e estava um frio lascado) eu provavelmente teria que deixar a Luciane sozinha e ir trocar o dinheiro. Eles pagaram nossa passagem e ficamos muito gratos!
Chegamos no hostel, nos acomodamos e deu tudo certo graças à Deus!

No dia seguinte (11/12/2012), acordamos e estava frio, mas muito frio. Olhava pela janela do quarto no hostel Plus Berlin e víamos todos os telhados cobertos de neve, que nos acompanhou nos 4 dias que ficamos na capital alemã.

Nosso tour guiado pela cidade estava marcado para o dia seguinte, então resolvemos visitar a Ilha dos Museus (Museumsinsel), um ilha do rio Spree situada no centro de Berlim e que abriga cinco dos mais importantes museus alemães. Como tínhamos apenas um dia, resolvemos vistar 3 deles: Alte Nationalgalerie, Neues Museum e Museu Pergamon.

Em frente à Alte Nationalgalerie
Alte Nationalgalerie é a antiga galeria nacional alemã. Ela abriga uma vasta coleção de pinturas e esculturas europeias do século XIX. Entre os principais artistas está Adolph von Menzel, um pintor realista alemão, principal expoente do estilo no país. Há também muitas obras do Impressionismo de nomes como Manet, Monet, Renoir, Degas e Cézanne.

Porta de Mileto - Museu Pergamon
O Neus Museum abriga uma grande coleção de Pré-História, Antigo Egito e História recente. Uma das obras mais impressionantes é o busto da rainha egípcia Nefertiti que está perfeito estado, uma obra realmente impressionante.

O Museu Pergamon foi projetado como base no altar da antiga cidade grega de Pérgamo. A entrada do primeiro piso é justamente uma parte do altar que foi trazido (saqueado!) da Grécia e fora reproduzido no museu. É realmente incrível! 

Além disso, o museu abriga obras da antiguidade clássica como a Porta do Mercado de Mileto. Há uma área toda reservada para obras do Antigo Oriente Próximo, onde fica a entrada do Palácio de Nabucodonozor na Babilônia. E por fim há uma vasta exposição sobre a Arte Islâmica, que abriga a Fachada de Mshatta, um palácio do século VIII descoberto na actual Jordânia.

Depois de quase 7 horas visitando os museus, já estávamos bem cansados. Saímos caminhando rumo à Unter den Linden - principal avenida da cidade - e encontramos um mercado de natal, o Opernpalais
Tomando gluhwein

Mercados de natal são muito comuns na Alemanha e em todo o Leste Europeu. São lugares ótimos, com um clima super aconchegante e comida boa. 

Não mexa no meu schnitzel...
Passeamos um pouco pelo mercado e paramos para comer e beber. Bebemos o tradicional gluhwein, que nada mais é que vinho quente, mas é só o vinho, nada de frutas. Para comer, schnitzel no pão e no prato. Na Alemanha, o schnitzel é feito com uma fatia de pernil de vitela empanado e frito. É muito gostoso!!!

Para a sobremesa: Crepe de Nutella! Aliás, como a kinder é uma marca alemã, encontrávamos em todo o lugar e super barato! Pergunta se nós comemos muito chocolate?!

Depois voltamos ao hostel para descansar. No dia seguinte teríamos o tour contratado com um guia local.


Auf wiedersehen




























segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Barcelona: Montjuïc, Plaza da España, La Boqueria, Catedral e La Rambla...

Plaza de España

Dia 10/12/12, nosso segundo dia em Barcelona. 


Na noite anterior, nos despedimos de nossos amigos portugueses. Ao acordar no outro dia, encontramos debaixo da porta de nosso quarto um pom-pom azul de um gorro e um bilhete. Era da Margarida! Ela escreveu sobre o quão especial foi nos conhecer e deixou o pom-pom do seu gorro de presente. Achamos um gesto fantástico e ficamos tocados. Uma das melhoras coisas de viajar é conhecer pessoas e melhor ainda quando criamos boas amizades... Valeu Mag!!!

Além do presente, a Mag tinha deixado conosco o roteiro que ele haviam feito no sábado e decidimos segui-lo! Pegamos o funicular que sobe até a região de Montjuïc, uma colina situada na zona sudoeste da cidade de Barcelona e onde está situado uma grande área verde que é o Parc de Montjuïc.

Logo de cara, pegamos o teleférico que sobe até o Castelo. É caro, dá para subir de ônibus, mas a visão do teleférico é super legal e acho que vale à pena! 

Lá em cima fica situado o Castell de Montjuïc, construído no século XVIII sobre as ruínas de um antigo forte. A visão da cidade de Barcelona lá de cima é incrível, principalmente do porto e da praia. Visitamos o castelo, algumas exposições e torres. Depois pegamos o teleférico de volta à parte de baixo onde está situado o parque. O complexo do parque é enorme é há muitas atrações. Resolvemos então não descer de funicular, mas sim à pé, passando pelos principais atrativos no caminho.

Como era segunda-feira, alguns museus estavam fechados, mas foi muito legal mesmo assim. Passamos pelo MNAC (Museu Nacional D'Art de Catalunya) e circuito olímpico onde está situado o Estádio Olímpico, construído para as Olimpíadas de 1992. 

Continuamos descendo em meio à natureza, fontes, praças, muitas árvores e claro, escadas rolantes no meio da rua para auxiliar no trajeto! rsrsrs

Andamos mais e chegamos à Plaza de España: um belíssimo espaço com 34.000 metros quadrados, sendo a maior praça da cidade e abrigando vários prédios importantes: comercias e culturais.

Vários sucos...
Uma das coisas que eu acho fundamental quando se vai conhecer uma cidade é visitar os mercadões municipais. Todas as cidades tem um ou mais e em Barcelona nós visitamos o Mercado de Sant Josep de la Boqueria, que é o primeiro mercado municipal da cidade. Fiquei impressionado com a qualidade das frutas: lindas, limpas, perfeitas, realmente sensacionais. Fomos lá para tomar sucos de fruta. Tomamos vários, principalmente misturas de frutas. Cada copo custava 1 euro, então realmente nos deliciamos!

Interior da Catedral
Saindo do mercado, fomos visitar a Catedral de Barcelona. Passamos por uma feirinha que fica quase em frente à catedral, depois entramos num pequeno mosteiro, visitamos a catedral por dentro e por fim subimos à torre. É uma igreja de estilo gótico, com fachada neo-gótica. Acho muito interessante esse estilo arquitetônico pelo fato de ser repleto de detalhes.

Saindo de lá, passeamos um pouco pela feirinha e chegamos à Casa Museu Salvador Dalí. É a casa onde Dalí morou e está repleta com suas obras: pinturas, esculturas, relógios e outras obras de arte bastante interessantes desse controverso artista-gênio espanhol. Por ser um museu particular, o ingresso é meio caro, 15 euros por pessoa. Mas valeu bastante a visita!!!

Casa de Dalí
Já era hora de almoçar. Na verdade era quase 15h30 e só tínhamos tomado café, ou seja, estava com fome. Caminhamos por La Rambla, grande e charmosa avenida que liga a Plaza de España ao Porto Velho.

Passamos pela pontezinha que liga o continente ao porto e onde tem um Shopping Center e ficamos numa indecisão enorme de onde comer. Por fim, comemos no McDonalds mesmo! 

Lá teve um caso curioso: eu pedi um lanche que era feito de carne de porco. Quando eu estou barbudo (que é quase sempre!) fico com uma baita cara de judeu. Aí o atendente me avisou umas 3x que aquilo era feito de carne de porco. Eu dizia que tudo bem, mas ele achou que eu não estava entendendo. No fim deu certo, mas foi bem engraçado!


Depois do nosso lanche voltamos ao hostel para pegar nossas malas que já estavam prontas, ir ao aeroporto e voar, rumo à Berlim.

Ah, a mala ainda estava com uma rodinha quebrada e não tivemos tempos de resolver em Barcelona, foram 2 dias muito intensos. Vamos ver quando será resolvido né?




 













sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Barcelona: um roteiro "Gaudiniano"...

Casa Batlló
Dia 09/12/2012, estávamos em Barcelona. Na noite anterior jantamos no hostel e conhecemos quatro portugueses que seriam nossos companheiros neste dia em Barcelona e se tornariam bons amigos: Margarida, Mariana, David e Tiago. 

Combinamos de tomar café e fazer o roteiro juntos naquele dia. Bem, logo cedo tomamos nosso café, conversamos bastante sobre o Brasil, Portugal, suas diferenças e o que há em comum. Descobrimos muitas coisas (merece um post só para isso...).

Nosso roteiro seria quase todo em torno das obras de Antoni Gaudi, esse grande arquiteto e artista catalão, que é um dos símbolos da cidade de Barcelona.

La Predera
Começamos com a Casa Batlló: linda, diferença, cheia de curvas. Comecei a entender o estilo do Gaudi. Depois passamos pela Casa Milà (La Pedrera), com ainda mais curvas, o edifício não possui nenhuma linha reta, lembra muito dunas de areia. 

Enquanto íamos de um lugar ao outro, admirávamos a beleza do bairro modernista de Barcelona. Passear pelo Passeig de Gràcia é ótimo, aconchegante, elegante, divertido... 

Sagrada Família
Após isso passamos por uma pequena igreja que não me lembro o nome e chegamos à Sagrada Família: magnífica, mesmo não tendo sido terminada ainda (previsão: 2084!). 
As curvas, as colunas, a fachada de Gaudi, o interior "limpo" diferente da maioria das catedrais europeias, fazem dessa igreja uma obra única, diferente de todas as outras que visitamos.

Vimos o interior da igreja e subimos à torre. A visão da cidade de lá de cima é ótima, vale à pena!

Depois da visita, hora do almoço! Paramos para comer num restaurante que tinha rodízio de tapas espanholas. Tapas são tiras de pães com alguma coisa por cima... e esse "alguma coisa" pode ser qualquer coisa, seja quente ou fria.

Comemos, bebemos, conversamos, descansamos e seguimos nosso passeio rumo ao Parque Güell. Como o lugar é bem no alto da cidade, tivemos que subir várias ruas e o que achei mais curioso: elas tinham escadas rolantes!!!
Parque Güell

O Parque é muito bonito, cheio de elementos arquitetônicos de Gaudi, inclusive a casa na qual ele morou por 20 anos. É um passeio que vale muito à pena!

Saímos do parque pouco depois das 18h, mas como era inverno na Europa, já estava bem escuro. Paramos para tomar um café e esquentar o frio de cerca de 7 graus. Voltamos ao hostel e enquanto nossos amigos portugueses preparavam suas malas para viajar de volta à Portugal no dia seguinte, jantamos perto do hostel num kebab e voltamos para descansar e nos preparar para nosso segundo dia em Barcelona.

Nos despedimos de nossos amigos portugueses com votos de vê-los em breve em nossa visita já há tempo programada para Portugal e não executada!