Praga: dois tours guiados, dia muito intenso...

Dia 15/12/2012, primeiro dia em Praga!

Para o nosso primeiro dia de turismo em Praga havíamos contratado um guia, o René. Ele é brasileiro de Santo André, mas mora há cerca de 12 anos em Praga e trabalha com guia de turismo. Além disso, tem ótimos contatos de guias em todo o Leste Europeu. Se você for à Praga ou algum país do Leste Europeu, vale muito à pena contratá-lo. Consulte o site www.renetour.com.br.

O René nos encontrou no saguão do hotel por volta das 09h30. Ele chegou meia hora atrasado porque logo que saiu de casa levou um baita tombo. O que acontece é que bem naqueles dias havia parado de nevar em Praga e o gelo do chão estava derretendo, ou seja, fácil fácil de levar um baita tombo. Foi bom porque já ficamos espertos logo de cara!

Kino Lucerna

Logo no início do tour, René nos mostrou a janela de uma igreja onde houve a última defenestração praguense, ou seja, o ato de se jogar ou ser jogado de uma janela em protesto há alguma coisa. As defenestrações são famosas em Praga. Depois passamos por um rotunda tradicional, que são pequeninas capelas construídas na Idade Média para fazer preces e orações. Um pouco mais adianta conhecemos a Passagem de Lucerna, uma antiga passagem dentro dos prédios, em que há várias lojas, o primeiro cinema da cidade de Praga - o Kino Lucerna, um belo café também de mesmo nome, um elevador diferente onde há 2 cabines e ele não para, você tem que entrar com ele rodando e ele te leva ao outro andar e uma estátua de São Venceslau com o cavalo invertido, onde a ideia é representar o abandono da religião por parte dos tchecos (a República Tcheca é um dos países onde há mais ateus e arreligiosos no mundo). 

Além de tudo isso, na passagem é possível observar os mármores coloridos, a bela cúpula de vidro, as escadarias, enfim, um lugar realmente incrível!  Legal é que tudo isso ficava na rua do hotel que estávamos!!!

Cukrárna Myšák

Após a passagem, o René nos levou à uma doceria chamada Cukrárna Myšák, um lugar muito bonito e aconchegante, repleto de deliciosos doces tchecos. Não paramos para comer, foi uma passada rápida, mas tínhamos certeza que voltaríamos com mais calma nos dias seguintes de nossa estada em Praga.

Saindo da doceria, caminhamos pelas ruas rumo à Praça Venceslau. Passamos pelo Grand Hotel Europa (um dos mais antigos de Praga), chegamos ao monumento em homenagem à Jan Palach e Jan Zajic, dois jovens que atearam fogo no próprio corpo em protesto contra a invasão comunista. Logo à frente da praça está o Museu Nacional: bonito, imponente, uma belíssima construção, mas infelizmente não pudemos entrar pois estará fechado pelos próximos 5 anos para reformas e restaurações.

Seguindo nosso caminho, passamos pela Ópera Nacional, pela sede do Partido Comunista (um dos mais fortes na Rep. Tcheca até hoje), uma ruazinha onde há vários antiquários, aliás o René disse que Praga é um bom lugar para comprar antiguidades e também várias lojas onde se vende o tradicional absinto. Ao final da rua, chegamos à uma grande avenida onde é a divisão da Cidade Velha e Cidade Nova, inclusive há marcas no chão das antigas muralhas que protegiam a cidade velha. A partir desse momento, adentramos a Cidade Velha.

Logo de cara passamos por uma antiga torre que funcionava como armazém de pólvora. Bem ao lado da torre, fica a Câmara Municipal de Praga onde está uma das principais salas de concerto e cede da Real Orquestra de Praga. O prédio tem uma arquitetura incrível, toda em Art Noveau, representando bem o nacionalismo tcheco.

Relógio Astronômico

Passamos pelas ruazinhas, vimos as lojinhas e sentimos toda aquela atmosfera que só a cidade velha de Praga pode oferecer. Vimos a curiosa Igreja de São Tiago, onde na entrada há grandes esculturas em relevo com os anjos nus, pois a ideia na época era estimular as pessoas a terem filhos.

Chegamos ao centro histórico de Praga, um lugar incrível, que parece ter saído de um conto de fadas. Vale uma postagem só para falar desse lugar. Lá vimos o Palácio Kinsky actual Galeria Nacional (1768), a Igreja “sem entrada” de Nossa Senhora de Týn, a Beffroi (Prefeitura da Cidade Velha) e o famosíssimo Relógio Astronômico.

Saindo do centro histórico, atravessamos a Ponte Carlos, também um dos principais pontos turísticos da cidade. A ponte dá uma vista incrível do castelo e do rio Vltava, além de suas inúmeras esculturas.

Belo almoço Tcheco!!!

Já passava das 14h quando resolvemos parar para almoçar. O Renè nos levou à um restaurante típico. Eu comi um belo joelho de porco e a Luciane comeu o Svíčková. Para beber, nada melhor do que a bebida mais popular do país: a cerveja. A Rep. Tcheca é o país onde mais se consume litros de cerveja por habitante. É de lá que vem a cerveja tipo Pilsen, uma das mais consumidas no mundo todo. Bebemos a Pilsner Urquell que é a pilsen original da cidade de Pilsen. Segundo o Renè, o restaurante (que não me lembro o nome agora) tem a cerveja mais barata de Praga: pagamos 29 coroas (R$2,90) por meio litro.

Entrada do mosteiro...

Depois de comer, continuamos nosso tour, agora no distrito de Malá Strana, já bem próximo ao castelo. Pegamos um bonde para subir ao distrito do castelo. Passamos pela estátua de Blahe e Kepler e por uma antiga muralha que protegia o Mosteiro de Strahov, da Ordem dos Premonstratenses, fundado em 1143. É um complexo que possui a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, Capela de Nossa Senha de Passau, a riquíssima Biblioteca de Strahov com cerca de 200 mil livros raríssimos, muitos na sua primeira impressão. Foi nessa biblioteca que foram filmadas cenas do filme A Liga Extraordinária.

Catedral de São Vito

Saindo do mosteiro, chegamos à um incrível mirante, com uma vista sensacional da cidade de Praga. No inverno é fantástico ver a neve cobrindo o telhado das casas, dá um charme todo especial para paisagem. 

Seguimos nosso caminhos pelas ruazinhas incríveis do bairro do castelo, passamos por alguns prédios importantes e oficiais até chegar à entrada do Castelo de Praga. O Castelo de Praga ocupa uma área superior a 72,5 mil m². Por causa disso é considerado pelo Guinness o maior castelo do mundo. Ao entrar, logo que você passa pelo pátio principal, dá de cara com a magnífica Catedral de São Vito, a maior igreja da República Tcheca e uma das maiores catedrais do mundo.

Viela Dourada: casa 22...

Depois da catedral, passamos pelo Convento e Basílica de São Jorge e chegamos à famosa Viela Dourada (ou Rua de Ouro). Formada por casas pequeninas e coloridas, foi  construídas no século 16 para alojar os guardas e artilheiros do castelo. Ganhou o nome de Viela Dourada por causa dos ourives que passaram a morar ali no século 17. Entre 1916 e 1917, o escritor Franz Kafka viveu lá. A casa que ele morou é a de número 22.

Ufa! Nosso tour terminou... Descemos pelas escadarias do distrito do castelo até chegar ao ponto de pegar o bonde. Ali o Renè nos deixou. Foi um dia incrível, cheio de histórias, informações, monumentos, lugares interessantes. Com certeza eu poderia escrever muito mais nessa postagem. Quero reiterar minha dica: se for à Praga, contrate um tour, de preferência com o Renè, vale à pena!